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Série Pianistas – Nelson Freire

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Ana Beatriz Marcondes Marra

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1 – Com apenas 3 anos de idade, e sem nunca ter tido aulas de piano, Nelson Freire surpreendeu a todos, tocando de memória as peças executadas pela sua irmã mais velha. No Brasil, teve aulas com Nise Obino e Lúcia Branco (que havia estudado com um aluno de Franz Liszt). Aos 5 anos de idade, em seu primeiro recital, ele tocou a Sonata para piano em Lá Maior, K.331 de Mozart.

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Nelson Freire em sua primeira apresentação no Theatro Municipal - RJ, aos 9 anos, 1953.

2 – Aos 12 anos, Nelson ficou em 7º lugar do Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro e, aos 20, conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional Vianna da Motta, em Lisboa. Aos 24, estreou com a Orquestra Filarmônica de Nova York, tocando o Concerto nº 4 de Rachmaninov. Ao fim da apresentação, a revista Time o qualificou como “um dos maiores pianistas desta ou de qualquer outra geração”.

Nelson Freire aos 19 anos (Teatro Municipal – SP, 1964)

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Nelson Freire, sendo aplaudido durante o I Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro, Theatro Municipal - RJ, 1957.

3 – Nelson Freire é o único artista brasileiro incluído no projeto Great Pianists of the XXth Century (uma coleção de 200 CDs lançados pela Phillips com apoio da Steinway). Sua gravação dos 24 Prelúdios de Chopin recebeu o Edison Award. Ganhou o prêmio Classic FM Gramophone Awards (2007), pela Gravação do Ano, com o CD Brahms Piano Concertos.

4 – Em 2003, João Moreira Salles estreou o documentário “Nelson Freire”, que ganhou dois prêmios no Grande Prêmio Cinema Brasil. A pianista argentina Martha Argerich participou do filme, trazendo momentos de descontração e intimidade entre os dois. Vejam o trecho em que ela elogia a leitura musical de Nelson!

Nelson Freire e Martha Argerich. Bruxelas, Bélgica, 1964.

5 – Nascido em Boa Esperança – MG, o pianista Nelson Freire não deixou o jeito mineiro de ser:

“Graças à música tenho tido o privilégio de conhecer meio mundo. Deixei Minas com apenas cinco anos, mas Minas não me deixou. São aquelas paisagens, o modo de ser das pessoas, os usos da terra, a culinária, tudo isso me marcou de modo muito profundo. Quem me conhece de perto sabe bem disso: continuo mineiro como se nunca tivesse saído daqui”.

Conheçam um pouco mais desta personalidade incrível, assistindo à entrevista concedida à Alexandre Dias, do Instituto Piano Brasileiro.

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