Vladimir Samoylovich Horowitz nasceu em Kiev, 1 de outubro de 1903, e morreu em Nova Iorque, 5 de novembro de 1989. Ele nasceu no mesmo ano que outros 3 grandes pianistas: Carlo Zecchi, Claudio Arrau e Rudolf Serkin.



Horowitz iniciou as aulas de piano, aos 6 anos, inicialmente com sua mãe, Sophie Horowitz, também uma grande pianista; depois com Feliz Blumental, no conservatório de Kiev. No seu recital de formatura, em 1919, com apenas 16 anos, tocou o Concerto nº. 3 de Rachmaninov. Ele descende da seguinte linha genealógica pianística: Felix Blumenfeld – Anton Rubinstein – Alexander Villoing – John Field – Muzio Clementi.


Sua reputação foi assegurada na União Soviética quando, aos 20 anos, tocou uma série de 23 recitais em Leningrado (hoje São Petersburgo) sem repetir nenhuma música, no total, mais de 200 obras! Horowitz foi celebrado por sua técnica impecável e qualidade de som quase orquestral. As performances de diferentes compositores e estilos foram e são admiradas pela precisão técnica e a grande extensão das dinâmicas sonoras. Nas interpretações das miniaturas para piano, como Kinderszenen de Robert Schumann , podem-se notar a delicadeza e a profundidade com que ele tratava cada frase musical.
Em 1933 ele se casou com Wanda Giorgina Toscanini, pianista amadora e filha do aclamado maestro italiano, Arturo Toscanini. Tiveram uma única filha, Sonia Horowitz.


Harold C. Schonberg, crítico de música sênior do The New York Times e autor de “The Great Pianists”, escreveu: “Como técnico, Horowitz foi um dos mais honestos da história do pianismo moderno. Ele alcançou seus efeitos deslumbrantes apenas com os dedos, usando o pedal com moderação. As notas das escalas não podiam ser mais uniformemente combinadas (seu Scarlatti era tecnicamente fabuloso); os acordes não podiam ser atacados com mais precisão; oitavas não poderiam ser mais nítidas ou mais excitantes; saltos não poderiam ser atingidos com mais precisão. Não importa o quão difícil e complicada seja a peça, Horowitz a faria parecer fácil. E, acima de tudo, havia seus fortíssimos estupendos – aquele corpo orquestral de tom que só Horowitz poderia produzir. ”
“Tocar piano consiste em intelecto, coração e técnica. Todos devem ser desenvolvidos igualmente. Sem intelecto, você será um fiasco; sem técnica, um amador; sem coração, uma máquina. A profissão tem seus perigos.”
V. Horowitz